>Campinas, Câmara cassa mandato do Prefeito

Imagem/google

O dia cinzento e chuvoso que a cidade viu nascer hoje parecia ser o complemento para os ultimos momentos vividos na histórica sessão de julgamento da Câmara Municipal. A cidade a partir de agora tenta se reerguer no cenário político nacional e mostrar que é possivel ainda acreditar nas instituições e o povo que representa está acima daqueles que a governam

O prefeito de Campinas (a 93 km de São Paulo), Hélio de Oliveira Santos, mais conhecido como Dr. Hélio (PDT), (acaba de entrar para a história como o primeiro prefeito da cidade a  ter seu  mandato cassado pela Câmara Municipal na madrugada deste sábado (20) depois de uma sessão de julgamento que levou quase 44 horas ininterrupta. A defesa do prefeito, com certeza vai recorrer na Justiça na tentativa de conseguir uma liminar para que o pedetista continue no cargo.

Dos 33 vereadores que compõe a Câmara Municipal, o único que votou contra a cassação foi Sérgio Benassi (PCdoB). A sessão foi encerrada às 5h35. Para cassar o prefeito, eram necessários os votos de 22 dos 33.

  

Pouco antes da votação, houve confronto entre manifestantes favoráveis e contrários ao prefeito do lado de fora da Câmara quando foi realizado o enterro simbólico de Dr. Hélio. Ninguém ficou ferido. Às 2h50, quando vereadores discursavam a favor da cassação do prefeito, houve interrupção da energia elétrica e a sessão precisou ser suspensa.

Quem assume a prefeitura é o vice, Demétrio Vilagra (PT), que já foi denunciado pelo Ministério Público por formação de quadrilha no mesmo processo que gerou o pedido de impeachment de Dr. Hélio.  Caso o vice  prefeito não renuncie ao cargo a Câmara vai entrar com pedido de impeachment do mesmo, segundo informaçãoes de bastidores esse pedido já estaria pronto, aguardando apenas o desfecho da sessão que terminou nesta madrugada.

Vilagra chegou a ser preso no final de maio ao desembarcar no Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos (SP). Ele foi solto no dia seguinte após prestar depoimento ao Ministério Público, teve a prisão decretada novamente em junho e permaneceu foragido por cinco dias até conseguir um hábeas corpus no Tribunal de Justiça de São Paulo.

O petista agora deve responder também a um processo de impeachment na Câmara Municipal. Na última quinta-feira (18), o PSOL entrou com um pedido de abertura de Comissão Processante contra Vilagra, e os vereadores já articulam a abertura das investigações conta ele. 

 

O País vive uma onda de corrupção sem precedente, o povo não suporta mais tantos desvios de verbas públicas que deveria ser aplicadas nas áreas da saúde, moradia, educação e segurança. Não necessariamente nesta ordem. Afinal de contas somos um País que tem uma das maiores cargas tributarias do mundo e isso não é revertido como deveria para a população.