>Primeira entrevista do blog

Otilia Duarte

O blog está diversificando e, hoje, trás uma entrevista com uma pessoa que, tenho certeza, vocês vão adorar conhecer assim como eu. Estou falando da minha amiga virtual, mas que aprendi a gostar e respeitar, Otilia Duarte, que tem lugar de destaque em meu coração, ela e o marido, senhor Manuel, os mesmos moram em Portugal. Ela disse que não é muito de sonhar. Assim como muitas mulheres ela também é uma batalhadora. É daquelas como tantas que lutam e ajudam no desenvolvimento de qualquer nação. Vai lá, fala um pouco de você!

P. Seu nome?

Otilia Duarte.

P. Qual o seu ramo profissional?

Otilia: Sou Perita averiguadora, trabalho para várias seguradoras apurando as circunstâncias em que ocorreram os sinistros (acidentes). Sinistros de automóveis, acidente de trabalho (AT), responsabilidade civil (RC), incêndio e outros danos (IOD).

P. Gosta do que faz?

Otilia: Exerço esta profissão desde 2001, e desde então não me vejo a fazer outro tipo de trabalho. O contato diário com pessoas diferentes torna a minha profissão pouco monótona, e eu não gosto de monotonia.

P. Como você se autodefine?

Otilia: Continuo a tentar encontrar a palavra certa para me definir. Se alguém encontrar me avise, (rsrsrs).

P. Tem filhos?

Otilia: Tenho dois, um casal, ela com 24 e ele com 18. São a razão do meu acordar e enfrentar a vida todos os dias.

P. Aonde você nasceu?

Otilia: Nasci dia 09/04/1971, na freguesia da Maceira Liz, conselho e distrito de Leiria, em Portugal (claro), precisamente numa maternidade que existia na fábrica onde se produz o cimento.

(A 04 de julho de 1920, na Gândara, era colocada a primeira pedra da futura fábrica de cimento Maceira-Liz, que foi inaugurada oficialmente a 03 de Maio de 1923)

P. Um sonho!

Otilia: Não sou muito de sonhar, vivo de realidades, mas o que eu desejo mesmo é que a crise em Portugal passe rápido para que este povo possa voltar a sorrir com tranqüilidade.

P. Se pudesse...

Otilia: Ia a Serra de Minas visitarem, o meu amigo J Araújo e a sua família. (ah a Dona Jota claro!)

P. A crise econômica que afetou, e ainda afeta, a Europa, interferiu de alguma maneira no estilo de vida que levava antes?

Otilia: Como sempre fui uma pessoa metódica e calculista, nunca dependi muito de bens materiais, nunca arrisquei financeiramente alem das minhas possibilidades, sempre tive em atenção o futuro e o que o mesmo nos poderia trazer.

No entanto, a crise econômica obrigou-me a estabelecer prioridades, a deixar de (fora) certos “luxos”, férias, festas e refeições freqüentes em restaurantes, deixaram de fazer parte das minhas prioridades nos próximos (espero curto) tempos.

A instabilidade profissional que se vive em Portugal, não nos permite planejar nada a nível futuro, temos de viver e sobreviver apenas diariamente. Nesse momento estamos com uma taxa de desemprego que ronda os 17,7%, numa população de 10,78 milhões, a terceira maior dos países que integram a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômica OCDE) para os quais existem dados disponíveis.

P. Fala um pouco de você. Qualidade, defeitos ou alguma mania.

Otilia: Sou muito exigente, comigo e com os outros, sou honesta, metódica e calculista, não admito traição, por pequena que seja. Sou amiga do meu amigo e fiel às amizades verdadeiras. Considero que tudo isto pode ser um defeito, ou uma qualidade, só depende de quem nos avalia, (mas sou suspeita para falar de mim mesma (rsrsrs).

P. Uma frase preferida.

Otilia: Suba o primeiro degrau com fé. Não é necessário que você veja toda a escada. Apenas dê o primeiro passo. (Martin Luther King). Eu, do meu jeito, digo a meus filhos, “um degrau de cada vez, porque tudo na vida tem o seu tempo”.

P. Uma mensagem para os leitores.

Otilia: A vida é muito simples, temos apenas de aceitar outros como eles são. Para gostar, ou amar alguém de verdade, temos de conseguir olhar-nos no espelho e gostar do que ele nos mostra. Nada somos uns sem os outros e, o hoje, temos como garantia, amanhã pode não passar de uma recordação.

Costumo dizer aos meus amigos que a vida não passa de umas férias que a morte nos deu se não valorizarmos ao máximo o que temos e agradecermos todos os dias a vida que nos foi concedida, vamos viver sempre em arrependimento por algo que devíamos ter feito e não fizemos. Viva cada dia como se fosse o ultimo, não esquecendo que só valorizando o presente e respeitando o passado, é que podemos continuar a ser felizes no futuro!

P. Obrigado pela entrevista!

Otilia: Foi com muito prazer que partilhei convosco (com os leitores) um pouco de mim.

P. Quer dizer mais alguma coisa?

Otilia: Claro que quero né! Mas fica para uma próxima! Beijos de Portugal!

Com amizade, Otilia Duarte

         (a) J Araújo