18 janeiro 2010

>Gilmar (Noel) Mendes

webQuem acompanha o noticiário de final de ano nessa terra brasilis já esta acostumada com decisões polêmicas aprovadas na calada da noite da ultima sessão da Câmara ou Congresso, de medida provisória presidencial polêmica, de trem da alegria ou aumento de salário.

Neste ano, o espírito natalino bateu no coração do ministro Gilmar, presidente do STF. Como se o destino assim tivesse traçado (que o creia os incrédulos e ingênuos), coube a ele julgar alguns casos cabeludos, que tem a atenção da mídia e que chegaram as suas mãos.

E, no exercício do sagrado dom da misericórdia, o Judiciário que ele representa e que por ele assinou, deu hábeas corpus ao médico Abdelmassih (tantas vezes negado anteriormente), anulou a sentença do juiz De Sanctis condenando Daniel Dantas no caso da empresa Kroll, paralisou a ação da operação Santiagrahra.

Neste espírito natalino, a esposa do traficante Juan Carlos Abadia, a Jéssica Paola Morales, também recebeu a permissão para sair da prisão e ficar com a mãe que a visitaria. Não tenho conhecimento técnico e jurídico para questionar o mérito das questões envolvidas em cada um dos casos.

O que posso dizer é que, como cidadão, fica para mim, a mensagem de que o hábeas corpus ganha asas de rapidez quando se trata de quem tem dinheiro e paga bons advogados, que conhecem as filigranas, não só do direito e suas vírgulas, mas dos atalhos cartoriais e dos humores dos magistrados.

Para mim, e para boa parte dos brasileiros, fica a mensagem de que o crime compensa, desde que se possa pagar bons advogados e entrar com recursos em momentos apropriados dentro do calendário do judiciário. Por outro lado, devo dizer que não gosto do Gilmar Mendes e do Marco Aurélio.

Eles me dão à impressão que gosto do microfone, do holofote, da mídia, da câmera de televisão. Não perdem a oportunidade para fazer algo que faça com que os holofotes voltem para eles, chamando para si a atenção da nação por seus pareceres inesperados, suas argumentações em bom jurisdiquês, mas em mal comuniques, não raro dando mensagens dúbias a Nação.

E o Gilmar não perdeu a chance de ganhar as paginas dos jornais e os noticiários televisivos. Fez o que ninguém gostaria (que fizesse (a não ser os próprios envolvidos) e depois lá estava ele dando explicações sobre suas decisões, todo garboso e senhor de si, como se todo Judiciário estivesse em sua pessoa).

E lembrar que o Dantas disse que tinha medo de juiz de primeira instancia, mas que da segunda para cima, as coisas eram mais fáceis. Um ditado que veio agora a mente: "Há algo de podre no reino da Dinamarca".

Marcos Roberto Inhauser
é teólogo, pastor da Igreja da Irmandade
e educador corporativo.

4 comentários:

  1. Muito bom esse post...que há algo de podre nesse reino petista já sei há muito tempo, aliás, há muitos podres...
    O descaramento dessa gente, a desfaçatez é tamanha, pois sabem que ficará tudo na mesma, que nem se dão ao trabalho de explicar nada...o povo que se lixe...como sempre.
    Abraços

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  2. Olá meu amigo!!
    Eu não vou falar nada,
    mesmo porque a imagem já diz tudo
    quando os olhos da justiça do mundo
    se mostram tampados...
    Algo mais claro que isto?

    Bjsss meus querido

    Livinha

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  3. Só existe podre !!!!Ótima postagem !!!bjcas

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  4. Cara, isto está mais para o contrario do espirito natalino (sendo que nem digo sobre o ideal da politica)...

    Fique com Deus, menino J. Araújo.
    Um abraço.

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