Estava de férias, estou retornando as atividades nos blogs
Arquivo pessoal/ferias2011 |
A cada ano que passa, quando chego ao local onde nasci e cresci mais uma vez senti falta de algum nome na minha lista de amigos de infância. Percebi que a morte, parece que antes, não sabia o caminho daqui onde estou no momento, ou se sabia demorava mais tempo para chegar.
Agora não, chega com uma rapidez impressionante com a lista pronta para a chamada final. Acredito que a chegada rápida é devido às melhorias das estradas, que antes mal dava para passar a cavalo, hoje já transita caminhões; a lista de chamada para a viagem final que antes era escrita a mão hoje a morte usa o computador de ultima geração. Talvez seja isso, a morte tinha dificuldade de deslocamento; não tinha acesso às informações do lugar hoje já se podem avistá-lo através do Google Hearth que nos mostra as estradas que nos levam até ao local escolhido.
Lembro-me quando criança, de ouvir um velho ditado que dizia: “a morte anda a cavalo” acredito que com o passar do tempo ela, também tenha evoluído, deixou de andar a cavalo, passou a usar também o transporte aéreo. Mesmo com todos os percalços nos aeroportos de todo Brasil, uma grande parte da população, hoje tem acesso a esse meio de locomoção. Só pode ser isso! O interessante é, quando estou aqui é como se entrasse no túnel do tempo; coisas que estavam ‘apagadas’ da memória vêm à tona nas conversas com os irmãos, colegas e amigos que felizmente ainda vivem.
Volto no tempo e as lembranças começam a brotar como sementes adormecidas que de repente surgem da terra e transformam em belas flores. Lembrei por exemplo o dia que saí de casa para trabalhar em uma fazenda, claro, com o consentimento dos meus pais. O trabalho consistia em tratar dos porcos de engorda, principalmente, buscar as vacas no pasto, separar os bezerros, debulhar milho e colocar no moinho, que naquela época era de pedra, para transformar em fubá.
Acontece que os porcos que não era de engorda ficavam misturados com outros que na verdade pertenciam a outro fazendeiro irmão daquele onde eu trabalhava; eram dezenas de porcos, numa bela tarde acabei tratando de todos como fazia a mais de três dias, como se todos pertencessem ao plantel da fazenda onde eu trabalhava.
O que não era verdade, uma parte pertencia ao outro irmão. A senhora, esposa do patrão descobriu e me chamou a atenção, respondi que era impossível reconhecer cada animal que lhe pertencia, pois ninguém havia me ensinado o trabalho e menos ainda o detalhe da separação de porcos. Moral da história: naquele mesmo dia, ou melhor, naquela tarde, acabei abandonando a fazenda e voltando para a casa dos meus pais. A vida é assim mesmo, se eu tivesse permanecido ali minha história hoje poderia ter sido diferente. Quem sabe!
Oi amigo!
ResponderExcluirBom texto este seu! Este é dos tais que lemos e desejamos continuar a lêr!
Conheça o meu novo blogue:
http://transpondo-barreiras.blogspot.com/
Um Abraço.