08 junho 2011

>O Brasil real e Brasília

Imagem/google


Atualizado as 19:13hs,  10/06/2011
Hoje a Primeira - Dama, Roseli Nassim Jorge Santos está foragida, esposa do prefeito municipal de Campinas, ex-chefe de gabinete, enquanto o ex-secretário de Segurança Pública e Marcelo de Figueredo ex diretor da Sanasa, e mais cinco que estão foragidos, todos acusados de surrupiar o dinheiro dos cofres públicos. 
"No Brasil real, temos carga absurda de impostos, com programa de computador a rastrear em tempo  as coisas que os habitantes fazem. A coisa anda tão avançada que a Receita Federal (é que dizem) vai antecipar a declaração a Declaração de Renda do cidadão. Se você concordar, vai lá mostrar os documentos, agüentar a fila e correr o rico de acharem mais coisas, mesmo porque,  nessa área, acham o que querem. Se não tiver dinheiro para pagar, eles vão penhorar sua conta bancaria e vão pegar o que é deles, não importam outros fatores.

No outro país, Brasília, é o paraíso! Ganha-se polpudos salários trabalhando dois ou no maximo três dias por semana com direito a mais de 60 dias de férias por ano, plano medico integral para ele e os familiares, aposentadoria após alguns poucos anos de trabalho, faltas abonadas sem nenhuma pergunta, viagens ao Exterior com tudo pago, possibilidade de apresentar  notas frias para combustíveis e despesas. Aliado a isso, há possibilidade de empregar um monte de parentes e aumentar o já polpudo salário, turbinado por verbas e gratificações.

Nesse paraíso, a Receita é benevolente e, em alguns casos, inexistente. Não se conhece investigação sobre patrimônio de habitantes eleitos, no que pese evidencias, rastros e pegadas deixadas pelo Renan Calheiros, Sarney, Jader Barbalho, entre outros. A Justiça é amiga: tem a impunidade com o belo nome de imunidade ( um tipo de vacina jurídica que previne enfermidades com a lei e a Receita Federal).

No paraíso Brasília não se pode falar mal do outro. Todos são cordiais, se chamando mutuamente de "excelência", a imprensa deve ser censurada porque trás desconforto ao clima paradisíaco em que vivem. Tais quais religiosos em profunda comunhão uns com os outros, praticam o espírito  de corpo, onde o ataque a um é o ataque a todos. Para a platéia externa, encenam algum jogo conhecido como situação e oposição. Fechadas as cortinas do espetáculo, todos comem juntos nos mais caros restaurantes, onde alguns têm cadeiras cativas.

O visto de entrada nesse país é o voto, conseguido sabe se lá como. Outra forma é ser amigo de algum eleito ou, o mais seguro, ser parente de um eleito. Brasília tem filiais em muitas cidades, com embaixada nas prefeituras  municipais e câmaras. Exemplo e prova disso é a cidade de Campinas – SP."

Marcos Inhauser é teólogo,
pastor da Igreja da Irmandade
e educador corporativo

Um comentário:

  1. Alguma semelhança com a idade média quando os soldados do rei invadiam as casas para levar o imposto não é mera coincidência, o que mudou foi só o meio, hoje se usam computadores e não mais soldados e cavalos, a espoliação continua a mesma e alguns vivendo faustamente com o resultado da arrecadação também é igual.

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