>Sorria mais, reclame menos

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Bom, fui convidada pelo meu pai para colaborar com o blog. Devo dizer que sou antes de tudo uma admiradora dessa paixão dele, que é a escrita. E isso foi passado não só á mim, como aos meus irmãos: o amor pela leitura e pela escrita.

Devo começar, portanto, me apresentando. Meu nome é Thaís F. de Araújo, tenho 23 anos, sou Técnica de Enfermagem, trabalho no Hospital de Clinicas da Unicamp. Também curso Direito na (PUCC), (Pontifícia Universidade Católica de Campinas), estou indo agora para o terceiro semestre.

Não estranhe se me vir falando de saúde, política ou direitos humanos. Ao mesmo tempo posso falar de moda, de dinheiro e desigualdades sociais. Hoje por exemplo, como primeiro tema para o texto escolhi falar do Facebook. Especificamente escolhi falar da força que essa rede social tem hoje, em pleno Século XXI.

Eu, como a maioria dos meus amigos tenho uma conta em tal rede. E assim como a grande maioria entro diversas vezes por dia, seja para checar se recebi algum recado, algum comentário, ver se alguém me cutucou (opção que até hoje eu não sei pra que serve), ou se alguém me citou em alguma publicação.

Mas o que mais me surpreende no Facebook, é a facilidade que as pessoas têm em assumir papéis, em defender causas alheias, em criticar, reclamar de tudo, de qualquer coisa. Do tempo, da segunda-feira, do sono, da preguiça, do trabalho, do chefe, da TV, do time, do treinador, de tudo. Absolutamente TUDO. Para alguns a regra é: reclame. Não tem nada pra falar? Sua vida é sem graça? RECLAME.

Não importa se vai realmente mudar alguma coisa, se vai mudar a sua vida ou a vida de alguém. E isso me incomoda. No episódio com a enfermeira que maltratou o cãozinho YorkShire, eu fiquei extremamente irritada. Não só porque fizeram insinuações com a minha profissão, ou melhor, á minha classe profissional, mas porque as pessoas por falta de assunto ficavam martelando isso o tempo todo.

Afinal, se você gosta tanto de animais, então pare de postar fotos de animais machucados, mortos, atropelados e vá ser voluntário em alguma ONG. Se não gosta do seu trabalho, odeia seu chefe? Peça demissão, vá atrás de algum trabalho que te valorize, que pague o quanto você acha que deve ganhar. Odeia a segunda-feira? Problema é seu. Não é só pra você que ela chega, é pra todos, então, por favor, poupe meus olhos de ler tanta baboseira.

Vamos falar de coisas boas, compartilhar coisas boas, respeitando sempre os olhos dos nossos queridos amigos. Eu vejo tanta gente sofrer todo dia, tanta gente que gostaria de se levantar da cama em uma segunda-feira chuvosa, que seja, que pedi encarecidamente aos meus amigos para pararem de compartilhar sofrimento. A vida já é uma luta quando só recebemos coisas boas, então que usemos desse instrumento (viciante) para entregar a quem gostamos coisas que os façam bem.