03 fevereiro 2013

>Anos de irregularidades


Depois da tragédia de Santa Maria no Rio Grande do Sul que culminou com a morte de 237 pessoas, a ultima vítima é Bruno Portella Fricks, que estava internado no Hospital de Clínicas de Porto Alegre,  faleceu na madrugada de sábado e, mais de  uma centena de feridos continua m internados. Deflagrou-se, uma onda de fiscalização das casas noturnas jamais vista na história do Brasil.  Pra se ter uma ideia, a prefeitura levou 30 anos para cumprir a lei e fechar uma das boates mais famosas de Campinas, SP, a Galo de Ouro, no Jardim Itatinga, um bairro do baixo meretrício, a casa estava com o alvará vencido – desde 1982. As prefeituras de todo País precisaram de uma tragédia sem precedentes em uma casa noturna para colocar seus fiscais nas ruas e, enfim, fazê-los  trabalhar. 

A sociedade teve de chorar 237 mortes, até o momento, para cobrar soluções e punições à falta de segurança nesses estabelecimentos. Tragédias como a de Santa Maria (RS) não são culpa do acaso ou da “fatalidade”. São o resultado da negligencia, da irresponsabilidade e da ganância. Operações como a deflagrada no dia 01 em várias partes do Brasil são importantes para mostrar que o poder público não está inerte – embora, muitas vezes, tenha estado –, mas não resolve o problema. Daqui a alguns dias, essas casas vão voltar a funcionar e os alvarás estarão vencidos mais uma vez. É preciso, de uma vez por todas, mudar a cultura do “jeitinho brasileiro” e da “lei de Gerson”. É preciso fiscaliza-las, se não quisermos voltar a chorar no futuro. 
(a) J Araújo

9 comentários:

  1. Infelizmente isso acontece!Até quando?

    abraços,chica

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  2. Pois é amigo Araujo, passado esse primeiro momento a realidade vai corroborar um ditado aqui do sul: "Tudo será como antes no quartel de Abrantes"
    Um abraço. Tenhas um bom final de domingo.

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  3. Amigo é triste que tenha que ter
    acontecido uma tragédia destas para
    que a fiscalização funcione.Que
    ao menos tenha valido a pena, se
    é que se pode dizer assim...Mas a
    fiscalização não pode parar, porque
    eles voltam a aparecer noutros sítios e a tentar lucrar com poucos
    gastos. A fiscalização tem que ser
    contínua.Obrigada pela sua visita ao meu blogue.
    Bj.
    Irene Alves

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  4. Oi J. Araújo! Somos fingidores, não naquele sentido que o poeta falou (F. Pessoa), mas no pior. Fingimos que acreditamos que de agora em diante tudo vai funcionar de acordo. Porém, logo fingirão que fiscalizam, fingirão que arrumaram tudo e todos fingirão que estão seguros. Assim seguimos de tragédia em tragédia e a seriedade é posta de lado em função do lucro fácil. Nem adiante perguntar até quando. Pena, né? Um abraço!

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  5. Infeliz uma preço alto pra que alguma iniciativa fosse tomada.
    E tomara que continuem não seja coisa só do momento emotivo.
    Meu querido conterrâneo. Ando sumida sim .Voltei estudar,vou tentando manter manter a mente ativa. Também problemas pessoais intermináveis, impublicáveis.
    Mas sou mineira e forte, aguento. Obrigada pela observação e carinho. Uma bela semana pra ti.
    Abraços. Edna Campos.

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  6. Infelizmente tenho que concordar com vc...eita pais de irresponsáveis.

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  7. J.Araújo temos uma cultura de correr atrás do prejuízo. Aqui no Rio de Janeiro também só agora estão fiscalizando...nada é feito com seriedade é muito triste...não a respeito as vidas. Forte abraço meu amigo.

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  8. Caro amigo

    E assim,
    sempre diante
    de uma tragédia,
    muito se fala
    em mudança,
    mas a nossa cultura
    de impunidade
    e de memória,
    nos desestimula
    a crer que algo mude.

    Que em teu coração,
    a alegria faça morada...

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  9. Araujo,

    Agradeço a atenção, e voce poderia escrever ou colocar um link sobre a Lei de Gerson.

    Infelizmente o Brasil é o país do jeitinho, propinas, inadimplências,tragédias das chuvas de verão, dos incêndios como esse no sul do país.

    Até os extintores de incêndio das UBS da cidade estão vencidos!

    Lembra-se do incêndio do Faria Lima? até hoje não publicaram a causa, mas os funcionários sabiam dos riscos das reformas elétricas onde funciona hoje a POLI III.

    Depois houve a enchente que há anos ameaçava a segurança de todos.

    Enfim, nossas Leis são burladas por espertinhos que gostam de levar vantagem em tudo.

    Também li nos jornais que a Banda que causou o incêndio utilizava chuva de faíscas de fogo.

    Imagine quantas inúmeras vezes colocaram em risco a vida das pessoas por um show fantástico...

    sonia.





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