Há mais de dois meses
estamos sem chuva – daquelas que realmente molha a terra e melhora a qualidade
do ar que respiramos. Ainda bem que não inventaram cobrar, ainda, por esse ar.
Também não teria grande valor no mercado, está muito poluído. Mas vamos ao que
interessa! Não é sobre o ar que quero falar hoje. Quero falar dos pernilongos
que a maioria dos habitantes da cidade anda reclamando dos ataques que nos
últimos dias devido ao calor piorou bastante, não importando se morador na
periferia ou não. O engraçado - na verdade não é nada engraçado - de tudo isso
é que na noite passada (15) os danados resolveram atacar Campinas em grandes
enxames com uma ferocidade e de maneira mais intensa.
No trabalho tinha
gente dizendo que não conseguiu dormir – e olha que uma delas mora em um
extremo da cidade. A outra mora em outro, e todas elas sofreram com os ataques.
Ouvindo e participando da conversa fiquei imaginando – será que houve um ataque
coordenado pelos pernilongos com planejamento e tudo? Acredito que sim. Pelo
jeito após várias reuniões secretas os mesmos decidiram atacar. Veio um
"batalhão" atacando Campinas pela região Noroeste, entrando, na
divisa com Monte Mor. A outra entrou em Campinas na divisa com Valinhos. Também
teve ataque com entrada pelos Distritos de Sousas e Joaquim Egídio. Você deve
está perguntando: - como sei de tudo isto? Conversa meu amigo! Muita conversa.
É que pessoas moradoras lá pelos lados da Chácara da Barra, segundo seus
relatos, também foram atacadas.
Acho que a estratégia
seria tomar a Prefeitura, mas não conseguiram, chegando lá encontraram o saguão
do Paço Municipal fechado por uma redoma de vidro e guardas, muitos guardas –
municipais e terceirizados - postados e alguns fazendo a roda nas imediações.
Agora não está nada fácil entrar lá não. Teve outro problema não havia crachás
para os ditos cujos. Diante do impasse e dos obstáculos encontrados desistiram.
Iniciou um princípio de tumulto logo resolvido pela segurança com vários jatos
de spray de pimenta. Também, queria o que! Pensa que Guarda Municipal usa
inseticida. Pra eles isto é coisa do passado. A moda agora é spray... Os
pernilongos mesmo em maior número não conseguiram o intento. Também, a essa
altura já estava cansados, de barriga cheia e exaustos. Também não era pra
menos, já tinha sugado o sangue de vários contribuintes pelo caminho.
Outro inconveniente,
o dia já estava amanhecendo. Vai pensar vocês que aqui em casa ficamos imunes?
De jeito nenhum. Depois de vários voos rasantes sobre minha cabeça – não estava
conseguindo dormir, aquele zumbido é infernal – creio que os ataques era
provenientes da região Noroeste. Os ataques sempre acontecem no escuro. São
grandes estrategistas. Acendi a luz e vi vários deles fugindo. Gordos, quer
dizer, gordas de tanto sangue. É que segundo constam somente fêmeas atacam.
Danadas não! Quem disse que o sexo 'frágil' não tem coragem?
O batalhão feminino
provou o contrário. Uma delas me chamou mais a atenção. Estava tão gorda que
mal conseguia levantar voo. Não podia está fazendo parte do pelotão
alado. Aparentava mais o papo de um tuiuiú na hora de atrair a fêmea. Ave
símbolo do Pantanal. Ah! Tinha também um jeitão daquelas bolsas de sangue em
banco de doador. Brincadeira à parte o certo é que os pernilongos têm tirado o
sono da população. Acredito que não somente de Campinas, mas de todos
habitantes das cidades. Eles proliferam mais no verão e em locais próximo a
córregos e lagoas, de preferência, estes aonde o esgoto corre a céu aberto. Por
que os moradores do campo não tem esse problema.
J.Araújo
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