08 novembro 2009

>Meu brinquedo

Esta postagem faz parte da blogagem coletiva do Blog Vou de Coletivo, cujo tema de novembro é "Brinquedos: dos mais antigos aos mais recetes". Leia as outras postagens AQUI.

Pra começar nem brinquedo eu tive, nem por isso eu deixei de ser feliz na minha infância. Pra dizer que nunca tive um, estaria sendo mentiroso; ganhei um caminhão feito de madeira de um amigo da família que se encontrava preso. (Mas não vou entrar em detalhe sobre isso, até por que o assunto é outro...).

Os brinquedos na minha época era a maioria artesanal; as meninas usavam bonecas de pano e também brincava muito de fazer comidinhas no fogãozinho de brinquedo. Os garotos usavam bolas de meia, peteca, ah, como era gostoso jogar peteca. Lá na roça, nós mesmo fazíamos de palha de milho com penas de galinha. Bons tempos...

Meus avôs não sei como deviam ser. Até por que não os conheci. Tenho uma vaga lembrança de minhas avós materna e paterna. Minha avó materna conviveu conosco por alguns tempos. Mas nunca falamos de brinquedo, isso era coisa banal lá na roça.

Nunca preferi brinquedo algum, mas sim as brincadeiras coletivas. Lembra da brincadeira do esconde-esconde? Passa anel, pula corda, amarelinha, etc. Por que, na verdade essas brincadeiras estimulavam a amizade, o companheirismo e a integração entre as crianças e adolescentes.

Hoje os brinquedos estão todos robotizados. As crianças precisam apenas apertar botões. Tornaram-se as brincadeiras, a meu ver, sem graça. Os jogos eletrônicos, na maioria das vezes são violentos; estimulando a mente dos jovens para o mal. É o tal de mira e atira... Guerras, lutas, perseguições, e todo tipo de incentivo a violência.

Por tudo isso tenho saudade do meu tempo de infância que ficou bem longe no passado.

15 comentários:

  1. Dependendo da visão, a gente pode mudar o sentido de tudo... O passado é velho, mas veja a contradição aos olhos do sentido, ele é jovem, jovem no viver, jovem no discorrer dos feitos na natureza humana de ser... Esse passado que retratas, é o meu, é o nosso, é o passado da vida que somente quem teve a sorte de ser passado como nós, pode-se dizer que foi ou é feliz... Esse presente que visualizamos, atual e vivente, tá mais velho do que nós, ele é sedentário, não criativo, sem exercício, sem mente saudável.... Nosso antigo viver, era harmonioso, a cabeça andava aliada, de mãos dada ao corpo, fazendo parceria com a natureza... a gente acelerava o coração, colocava ele em trabalho a bombar o sangue, que aquecia as veias e nos deixava cansado, aptos a um sono profundo e reparador, dado aqueles intensos dias, quando corriamos atrás das borboletas, jogava o pauzinho para o mascote que feliz ia buscar... a gente subia nas arvores, mesmo não tendo frutos pra pegar, construia nossos balanços, e não faltava criatividade, que nas mais das verdades, fazia gosto brincar... pic esconde, pic latinha, pic bandeirinha, sempre dispostos fazendo o dia esticar... o sol nunca que iria embora, até mamãe nos chamar à refeição quente na mesa, o aconchego do lar... Acabou, e quão feliz somos por tudo isto a relembrar... Infeliz dessa atualidade, que nada terá pra contar... Acabou as histórinhas, as carrocinhas, os bois da cara preta, a ilusão, mataram Papai Noel, o coelhinho da páscoa, restando apenas depressão, por mentes hoje já nascidas, sob a desordem do não afago, do carinho ausente, do corre corre supreerdente, desconhecidas do amor, direcionados a um mundo entorpecedor...
    Araújo, eu não posso vir aqui, suas postagens, faz com que eu remexa em meus arquivos, distampe o baú de guardados, mas o que me promove a certeza de saber que felizes todos nós fomos um dia, sem saber... Hoje vejo as pessoas buscando a felicidade, mas a certeza que tenho na verdade, é que, a felicidade tbém ficou lá no passado, de fato....

    Feliz semana pra você. Belo texto!
    bjss

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  2. Os brinquedos atuais,tornam as crs egoistas,pois,na maioria das vzs são brinquedos individuais......no meu tempo,as brincadeiras eram coletivas......vivíamos em grupos,em bandos......tempos gostosos....bjcas...Li a sua postagem sobre a sua mãe....tbm,perdi ,meu pai,foi sem avisar....dormiu e não acordou mais......espero em outra dimensão ,encontra-lo.....quem sabe ???????

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  3. Olá, J. Araújo.
    Que narrativa perfeita dos tempos de outrora.
    Senti um grande saudosismo daquela época, das brincadeiras de crinça mesmo, as mais simples. Também adoro as cidades de interior, eis que minha família é de origem muito humilde, na maioria, italianos. Imagine só, se as crianças de hoje, saberiam identificar o que era o passar-anel, as tres marias, amarelinha, pique-esconde, pique-bandeira, o queimado com bola, as cantigas de roda, cabra-cega, pera- uva- maça- ou -salada mista, e por aí vai.
    De repente, através de sites de procura, quem sabe, mas claro que não seria a mesma coisa.
    As fermamentas que dispomos hoje,do advento dos PCs, da internet, dos satélites, nos facilitou bastante, mas, por outro lado, não poderiam substituir, não desta forma, as etapas do crescimento e formação da personalidade das crianças. Os jogos violentos, tais como os desenhos, poderiam ser substituídos por brincadeiras educativas, como o "Clube do Capitão Furação", e coisas do gênero, adaptadas para a atualidade.
    O que vemos são crianças vestidas de anãs, estressadas, e que querem fazer parte do mundo dos adultos, estimuladas por todo um contexto nada pedagógico, e mais tarde, estarão fazendo parte dos consultórios de analistas, por mal estruturadas, mal resolvidas, pelo fato de terem pulado etapas importantes.
    "Criança é criança e adulto é adulto", uma locução singela, tão simples quanto verdadeira.
    Obrigada por sua sábia postagem.

    Muitos beijos iluminados

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  4. J. Araújo, você também esqueceu que também tinha a possibilidade de fazer bonecos com espiga de milho, ou cavalinhos com abobrinha verde...

    Mas é bom conhecer um pouco de ti mais.

    Fique com Deus, menino J. Araújo.
    Um abraço.

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  5. Brincadeiras do meu tempo eram assim mesmo. Não tenho lembranças dos brinquedos ,mas dos amigos ,quais brincávamos . e alguns conservo até hoje. Mas minha neta de 1 ano e 8 meses,parece que ela acha que todos já nascem com um celular no ouvido, um DVD na mao, e um controle remoto,Doida por um teclado.
    Este seu blog tb é muito lindo e de ótimo conteúdo.Grande bj conterraneo. Edna

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  6. Muito legal tua participação e texto.Realmente paraece que era tudo mais simples, sem tanta coisa pra pensar e rever...Hoje até pra brincar devemos ter cuidados...abração,chica

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  7. Oi J.

    Nossa!! Tô impressionada, viu?!!! rsss
    Quanta coisa linda por aqui! E como você tem uma opinião parecida com a minha... muuuiiitooo legal!!!
    Adorei a sua postagem! Não fui criada na roça, mas passei incontáveis férias escolares no sítio do meu avô materno. Muito bons tempos aqueles!! Também brinquei muito com bonequinhas de milho, montando casinhas debaixo de enormes pés de algaroba, montando cavalinhos de cabo de vassoura, tomando banhos maravilhosos de rio, esconde-esconde no escuro (era tudo na base do candeeiro! rss), vendo e ouvindo meus avós que eu admirava demais!! Meu avô era muito alto e eu o achava maravilhoso!! rsssss Éééé... bons temposs... rssss coisa boa lembrar disso!!
    Eitaa! Olha a carta!!! rssss
    Escuta, quero muito agradecer a sua gentil visita ao meu blog e pelas palavras carinhosas,tá?!! Quando quiser voltar, seja sempre muito bem vindo! Adorei te conhecer!

    Xêrossss
    Raquel

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  8. Oi, Araujo! Eu tb sinto saudades dos brinquedos dos tempos de criança e acho que éramos felizes, sim! Só que procuro encarar os brinquedos atuais como um reflexo do tempo em que estamos vivendo, não são os brinquedos que tornam as crinças mais ou menos felizes, mas a forma como eles são presenteados, a noção de que cada brinquedo tem um preço, que o poder economico dos pais é limitado...não sei, mas acho que o mundo de hoje responde aos interesses das pessoas de hoje, do mesmo modo que o nosso tempo respondia aos nossos interesses.
    Briquei muito de amarelinha, passa anel, pular corda, esconde-esconde...era bom, sim!

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  9. Olá J. Araújo
    Afinal, também tem saudades das brincadeiras da infância! Mesmo quando a infância tem carências, é o nosso eu ingénuo, feliz, despreocupado que nos chama.
    Bjs

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  10. Olá Jota,
    também participei desta coletiva passe por lá,estou com saudades de você,
    Boas energias
    Mari

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  11. J. Araujo
    Brincar com as outras crianças era bom demais, adorava aquele bando que ia se juntando na rua enquanto a gente ia arrumando o que fazer, "roubar" fruta do quintal dos vizinhos, ir pescar no riozinho, fazer varetas de pipa, bolo de chocolate(de terra, é claro!), moçinho, bandido e indio; roda, pular corda, subir em árvore e dai em diante.
    Uma delicia seu post.
    beijos

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  12. Oi Jota!! Que legal conhecer seu blog, assim, de manhã bem cedo!! Legal também a sua história com os brinquedos. O melhor da infância, (depois que ela é passado!) é a saudade que deixa! Vou voltar aqui com mais tempo para saborear seu blog! Obrigada pela sua visita!

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  13. oi araujo adorei ver vc la no meu blog meus pensamentos que bom que vc foi me ver,agora convido vc a conhecer o meu mais novo blog passa -la te espero e pegue o selinho ok bjinhos!

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  14. Como sempre você é muito e merecidamente homenageado pelas fãs de seu blog. Não sobrou quase nada para eu comentar, pois, as suas amigas já disseram tudo.

    Que você é escritor nato e inteligente isso eu sei bem, e merece parabéns.

    Mas tem coisas do passado que é melhor esquecer, as do hoje já são difíceis demais, ferem-nos o suficiente, então eu prefiro acreditar que o passado foi bom enquanto durou.

    \para mim, ele foi duro demais, não tive uma mãe saudável, vivia na casa os outros, perdi minha mães no momento em que mais precisa dela, e a única boneca que tive de verdade durou muitos anos, até que me desfiz dela pra esquecer de vez, as tristezas daquele tempo.

    Hoje continuo sofrendo, injustiças morais, não sou compreendida, pelo contrario, sou muito criticada, desacreditada, estou LOUCA mesmo, mas, no fundo tem um culpado: A DUREZA DA VIDA'

    Meu fardo é pesado, e cheguei a conclusão que não tenho direito sequer a pensar que um dia ainda posso ser feliz

    Infelizmente sempre tem alguém a puxar meu tapete, e o tombo dói deixando marcas.

    Marcas como as feridas vasculares que trato em, minha profissão e se tornam crônicas.não cicatrizando jamais.

    Tem pessoas que nascem brilhando, crescem em sabedoria e discernimento. Não é e nunca será o meu caso.

    Tenho uma meta na vida, NÃO ENVELHECER. Quero partir o mais breve possível.

    Seu texto como sempre está ótimo, e eu estarei desistindo dos meus Beijos.

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  15. J. Araujo acho que somos do mesmo tempo onde se curtia mais as brincadeiras de passa corda, amarelinha, bola de gude, queimado, etc Muito boa a sua Blogagem e estamos juntos neste coletivo. Estou com a postagem "O mundo encantado das Bonecas" que fala sobre o sucesso na terceira idade. Aguardo o seu comentário. Bjs e boa noite

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