>Cadê o amigão do homem?

Imagem/webQue o Irã é um país contraditório todo mundo sabe, além de manter controle quase total sobre o povo e estar tentando desenvolver a temida bomba atômica. O que muita gente não sabe é que, assim como vários países do Oriente Médio, também tem a pena de morte por apedrejamento para as mulheres condenadas pela prática de adultério.

Acho o maior dos absurdos que se pode cometer contra a mulher, que segundo as leis do alcorão deve ser submissa ao homem. No momento, a bola da vez é Sakineh Mohammadi Ashtioni, condenada pelo crime de adultério. Cadê as entidades mundiais de Direitos Humanos? Cadê os governantes de vários países que condenam o Irã por tentar enriquecer urânio dizendo ser para fins pacíficos e ao mesmo tempo fecham os olhos para esse absurdo?

Já sei, vão dizer que ninguém deve se meter em assuntos internos de um país! É sempre assim, ninguém quer se meter desde que não envolva interesses econômicos. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva é um deles, gosta tanto de aparecer, deveria ser um dos que deveriam pegar o telefone ‘vermelho’ e ligar para o companheiro, ditador, Mahmoud Ahmadinejad, e pedir o fim dessa barbárie.

Ah, esqueci! Não tem interesse econômico envolvido. Dez países pediram ao Irã que suspenda a pena de morte de Sakineh, acho pouco, deveria ser mais. Mãe de dois filhos, Ashtiani recebeu 99 chicotadas após ter sido considerada culpada, em maio de 2006, depois de ter uma "relação ilícita" com dois homens. Depois, foi declarada culpada de "adultério estando casada", crime que sempre negou, e condenada à morte por apedrejamento.

Na verdade não deveria existir esse tipo de pena, para esse tipo de crime, ou melhor, nem deveria ser considerado crime. Adultério não deveria ser considerado crime. Tem tantas coisas mais importantes para se preocupar! O modelo de execução adotado consiste em levar a condenada (mulher) em uma praça pública; onde a futura ‘vítima’ é enterrada viva até a altura do pescoço enquanto uma multidão enfurecida atira pedras fornecidas pelo próprio estado. Cada execução acaba se tornando um espetáculo de horror assistido por centenas de espectadores.

A Anistia Internacional lançou um manifesto para ser assinado online para encaminhar ao governo do Irã. Aos interessados em participar pode acessar http://freesakineh.org/, agora imagine se no Brasil tivesse uma lei dessas. Pense! Segundo relatos a organização internacional de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch, também, lançou nesta quarta-feira (7) um apelo para que o governo do Irã cancele a execução por apedrejamento de Sakineh Mohammadi Ashtiani, condenada por adultério.