Tinha um senhor que morava em uma fazenda longe da cidade. Um dia precisou ir lá pra resolver uns problemas de impostos, essas coisas que o governa arruma pra arrecadar dinheiro de todo mundo sem distinção. Lá chegando viu uma cena que lhe chamou a atenção. Claro que lá na fazenda também tinha uns ratinhos que ficava no paiol de milho se alimentando.
Logo na entrada em uma avenida andando pela calçada próxima a uma boca de lobo – boca de lobo na cidade é o nome que se dá à entrada de galeria de águas fluviais - viu uma cena curiosa; não tão curiosa se não fosse o fato que logo mais ele ia presenciar. Um rato enorme correu e entrou na tal boca de lobo, estava correndo de um gato, desses que fica vagando pela rua sem dono. Infelizmente o gato não conseguiu alcançar seu objetivo.
O rato mais esperto entrou lá e ficou sossegado, mas também, precisava se alimentar e era isso que o fez sair. O gato não se deu por vencido, postou ali ao lado da boca de lobo pensou um pouco e começou a latir. O rato ouvindo o latido de um cachorro pensou: “se estou ouvido latidos de cachorro é sinal que o gato não está mais atrás de mim. Posso sair sossegado! Afinal, cachorro e gato não combinam de jeito nenhum”. E começou a escalada para voltar para a rua. Foi só colocar a cabeça do lado de fora e o gato crau nele! O rato não entendeu nada e perguntou pro gato: ─ cadê ele, cadê ele? - Ele quem seu rato besta? Respondeu o gato. - Claro que estou perguntando do cachorro que estava aqui fora! O gato olhou pra ele e respondeu: ─ que cachorro que nada seu idiota quem estava latindo era eu.
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