23 janeiro 2008

> Dando asas (poema)

Imagem/J Araújo
Vou buscando num passado muito distante. As lembranças de uma infância vivida onde a convivência familiar era o ingrediente principal. Dou asas a imaginação e volto no tempo! Contemplando a paisagem de um mundo totalmente diferente daqueles tempos. Relembrando tudo isso vem a saudade que corrói o peito. Sobrevivi às várias intempéries do tempo. Enfrentei as tempestades e as turbulências nesse voo imaginário sem asas, as vezes com medo de perde-las.
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Cada trovão abalava minha estrutura tão frágil diante as forças da natureza. Que um dia também me criou. No cume das montanhas, elevava meus pensamentos. Como se estivesse cada vez mais perto de Deus. Hoje volto ao mesmo lugar e, descubro mais motivo para continuar a caminhada sem sair do lugar.
Imagem/J Araújo

Descobrindo na subida cada vez mais íngreme que para voar, basta usar a imaginação. Sinto o cansaço batendo e descubro que os tempos mudaram. O fôlego já não é o mesmo de outrora. O tempo foi passando, enquanto eu continuava.
Fui ficando mais velho a cada dia e com certeza chegará o momento que visitarei o cume daquelas montanhas somente na minha imaginação e nos sonhos que continuarei sonhando.

J Araújo

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